ENFEITANDO A VIDA COM SENSIBILIDADE

Há 35 anos, Maria Bonita Rodrigues Georges era apenas mais uma mulher aprendendo a fazer mangas de crochê e caixas de presentes. Hoje, carrega a arte em tudo o que faz, principalmente em suas especialidades de fazer a moda como grife própria, a da costumização e bordados, dentre eles, a cafta árabe, de extrema beleza. Em sua produção diária, principalmente nos bordados, conta com a valorosa ajuda da senhora Vandirlene Mascena. Outra característica própria é sempre repassar o que aprende. Tanto que na época em que confeccionava bordados, ensinou uma moça chamada Odila Peres, a quem criou desde os 7 anos de idade, que hoje não mora mais em Ponta Porã, mas que ganha a vida com os trabalhos que aprendeu. Sua mãe, Nena Saldanha Rodrigues, fez uma toalha há mais de 20 anos, no carretel de linha 40. Neste aprendizado, Maria Bonita projeta todos os seus trabalhos, desenha-os no papel até ficarem perfeitos, lixa e pinta. “Montar é rápido, o difícil é usar as técnicas certas”, explica a experiente artista plástica. Maria Bonita recicla colares, sapatos, bolsas, couro, plástico e lindos pingentes para roupas, por exemplo, as fivelas que são lixadas e pintadas se transformam em lindos colares. “A dona de casa não precisa estar comprando vários, basta confeccionar algumas fivelas com pedras e usar a mesma corrente, vai ter um colar diferente a cada dia e, o que é melhor, a custo zero”, ensina. Também cria bolsas de fuxico, envelhecidas com ouro antigo, bolsas que são decoradas com rosas de cetim, trabalhadas com vela. Ela recortina sapatos e diz que deve o que aprendeu nessa área à senhora Heloísa Helena da Costa. O reconhecimento veio rápido lá fora. Conta que ganhou um Fusca (carro do ano na época) bordando por metro, utilizando técnica apropriada, vidrilhos e miçangas para casas de alta costura em São Paulo. Só uma blusa pink, bordada de vidrilho, levou 6 meses para ficar pronta. O procedimento é o mesmo. A artista desenha no papel de seda e depois borda em cima. Ao retirar o papel a obra fica perfeita. Outra importante contribuição de Maria Bonita vem da neta, Bruna, que mora em Santo Antônio da Platina, no Paraná. A menina sempre envia as novas tendências para a avó ficar atualizada. Foi assim que Maria Bonita reaproveitou um fogareiro da década de 60 para fazer um lindo arranjo. Além dos tecidos, Maria Bonita obtém ótimos resultados envelhecendo vidros ou jateando em ouro os móveis de sua casa. Ela garante que não é caro. Em sua varanda, um suporte de uma vassoura foi pintado e ganhou patinhos, tornando-se perfeita decoração do ambiente. Grande obra fez no reaproveitamento de uma grade antiga, que depois de pintá-la e decora-la, enfeita sua varanda. Eis aqui uma artista plástica realmente com grande talento artistico.Andréa Bitencourt(http://www.conesulnews.com.br/andrea/)

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